Santa Rosa viveu uma noite inesquecível.
O 30º Musicanto Sul-Americano de Nativismo encerrou-se neste sábado, 8 de novembro, celebrando em grande estilo o talento, a emoção e a força cultural que há mais de quatro décadas fazem do festival o símbolo maior da música nativista no continente.
Com o Centro Cívico Cultural Antônio Carlos Borges lotado e milhares de pessoas acompanhando a transmissão ao vivo pela internet e na área externa, o festival coroou as músicas vencedoras desta edição histórica — que ficará marcada pelos recordes, pela renovação e pela energia contagiante de um público que abraçou o Musicanto como nunca antes.
Categoria Semeador
1º Lugar: SERVENTIA, DE GUJO TEIXEIRA E CÁSSIO FIGUEIRÓ, NÃO-ME-TOQUE/RS
2º Lugar: A PAIXÃO E O CATAVENTO, DE FERNANDO GRACIOLA E CAIO MARTÍNEZ MACHADO, PORTO ALEGRE/RS
3º Lugar: PROA, DE BRUNO KOHL, PORTO BELO/SC
Categoria Instrumental
1º Lugar: UM TEMA PARA IOLANDA, DE DESIDÉRIO SOUZA, SÃO LUIZ GONZAGA/RS
2º Lugar: VALSIANA, DE SAMUCA DO ACORDEON, SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA/RS
Categoria Livre
1º Lugar: TEMPO, VENTO E FIM, DE DUCA DUARTE, PORTO ALEGRE/RS
2º Lugar: VIOLEIRO DO TEMPO ANTIGO, DE EDUARDO SANTHANA E MANOEL GANDRA, SANTANA DE PARNAÍBA/SP
3º Lugar: A HISTÓRIA DE OUTRA HISTÓRIA, DE BIANCA BERGMAN, ROBLEDO MARTINS E MÁRIO TRESSOLDI, PELOTAS/RS
Melhor arranjo: VIOLEIRO DO TEMPO ANTIGO, DE EDUARDO SANTHANA E MANOEL GANDRA, SANTANA DA PARNAÍBA, SP
Melhor Intérprete: SHANA MULLER
Melhor Instrumentista: GUILHERME GOULART
Melhor Letra: MILONGA DE BASTO E PELEGO – MAURO MORAES / PORTO ALEGRE RS
Música mais Popular: DE PAGO EM PAGO, DE RAFAEL OLVIDO CABO DECO, APPARÍCIO SILVA RILLO NETO, JACKSON GUANACO DE LEY E ANTÔNIO CARLOS CARECA, SANTA ROSA/RS
Foram três noites intensas, com 32 canções concorrentes, 17 finalistas, e uma entrega total dos artistas e das comissões voluntárias. Um festival que uniu povos, vozes e gerações — traduzindo na prática o slogan de 2025: “Unindo povos, unindo vozes.”
“Este Musicanto foi um divisor de águas. Mostrou que é possível realizar um festival grandioso, democrático, transparente e sustentável — guiado por amor, trabalho voluntário e uma gestão moderna. Hoje celebramos não apenas os vencedores, mas todos que fizeram parte deste reencontro da comunidade com o maior festival nativista das Américas”, destacou o presidente do Musicanto 2025, Fernando Borella, sobre o significado dessa edição.
“Encerro esta jornada de presidente com o coração cheio de orgulho e gratidão — com o Musicanto de volta ao pertencimento do seu povo, à sua cidade, e às novas gerações que vão conduzi-lo pelos próximos 40 anos”, conclui Borella.
A 30ª edição também reafirmou o novo tempo do Musicanto: um festival plural, acessível, conectado com o presente e preparado para o futuro. Entre aplausos e emoção, Santa Rosa se despede desta edição com a certeza de que o Musicanto não apenas voltou — ele segue maior, mais forte e mais popular do que nunca.