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16º Musicanto
Marcado pela ousadia, e pela sempre imensa repercussão, o Musicanto chegou em sua 16ª edição repleto de expectativas, com a inovação da adoção de duas linhas musicais a Pampeana e a Livre. Com a ajuda de um aparato promocional onde despontaram os lançamentos em Oberá-Argentina, Santa Rosa e Porto Alegre, e o uso de recursos como o da Internet que propiciou em tempo recorde a inscrição de mais de 700 músicas vindas de todos os recantos da América do Sul.
Desde o princípio a integração foi a tônica do festival e, por 16 anos, trouxe a Santa Rosa as mais variadas atrações, tanto na modalidade competitiva como nos shows e aqui aportaram os grandes e já consagrados nomes da música gaúcha (Vinícius Brum, Telmo de Lima Freitas, Luiz Carlos Borges…) e novos como o campeoníssimo Kako Xavier, que assim definiu o festival: “Um festival mais voltado ao estado, mas nem por isso de menor qualidade”.
Essa edição do Musicanto também propiciou o show nacional histórico do grupo paulista “Os Demônios da Garoa” e o show regional de Telmo de Lima Freitas – músico, compositor que foi jurado do 1º Musicanto – um ícone da música gaúcha. A manchete do ZH define muito bem a 16ª edição do festival: “Musicanto consagra as milongas” – Isaura Daniel (ZH – 07/12/99). A edição deste ano foi marcada pela maior concentração de artistas regionais.
A composição “Chuva Sem Amor”, levou o troféu de 1º lugar na Linha Nativa Livre, com letra de Tuny Brum, musicada e interpretada por Vinícius Brum, ambos de Porto Alegre-RS, e a composição “Milongueando a Solidão”, melhor o troféu na Linha Nativa Pampeana, composição de Érlon Péricles, de Santa Maria-RS, e Gujo Teixeira, de Lavras do Sul-RS, interpretada por Adilson Moura, da Capital, coincidem no tema – o amor e a saudade – e na afirmação da origem gaúcha de seus criadores e intérpretes. O troféu concedido a música “Chuva Sem Amor” não foi surpresa para o público – que somou 22 mil pessoas nas quatro noites de festival. Vinícius Brum conseguiu já na primeira noite a aprovação do público. “A melodia e a letra deram-se as mãos na música do Vinícius e formaram uma composição deliciosa” – comentou um jurado, o musico e compositor “Prata da Casa” Fernando Kaiber. “Milongueando a Solidão” foi a grande surpresa do evento.
Concorrendo com nomes consagrados do nativismo gaúcho, como Adair de Freitas e Luiz Carlos Borges, o grupo de jovens regionalistas trouxe ao festival a típica música galponeira. O intérprete Adilson Moura dramatizou no palco a história de um gaudério que tenta abafar a dor da saudade nos acordes da milonga. Apesar de participarem há 20 anos de festivais, nem Moura nem Péricles, o autor da canção, têm discos gravados.
Enquanto os jurados ficaram com as milongas de temas chorosos, o público elegeu como canção mais popular a guajira uruguaia “Tierras de Nadie”, concorrente da linha nativa livre. Com tumbadora, contrabaixo, percussão e dois violões, o grupo de Artigas e Montevidéu (cidades Uruguaias) fez a platéia deixar claro, já nos aplausos, que escolheria “Tierras de Nadie”, com seu ritmo latino e seu tom de protesto, na votação aberta pela organização.
Apresentadores
- Valdir Nilson Ribeiro
- Rosângela Timm
Jurados
- Chico Saratt
- Miguel Bicca
- Fernando Keiber
- Paulo Laércio Madeira
- Felipe Sabani
Vencedores
LINHA NATIVA PAMPEANA:
1º Lugar – MILONGUEANDO A SOLIDÃO
2º Lugar – MILONGA DO TORO PASSO
3º Lugar – MILONGA
Melhor intérprete: JOÃO ALMEIDA NETO
Melhor instrumentista: LEANDRO RODRIGUES
Melhor letra: DE AMARGOS E AMARGURAS
LINHA NATIVA LIVRE:
1º Lugar – CHUVA SEM AMOR
2º Lugar – MANUSCRITO
3º Lugar – LINHA DE CHEGADA
Melhor intérprete: ZÉ BETO
Melhor instrumentista: DANIEL SÁ
Melhor letra: OLHOS VAGABUNDOS
MÚSICA MAIS POPULAR NAS DUAS LINHAS: TIERRAS DE NADIE