No sexto Musicanto, realizado em 1988 pela primeira vez as concorrentes de fora do estado do Rio Grande do Sul foi em maior número do que os trabalhos gaúchos inscritos. Ao mesmo tempo o festival consagrava a figura dos grupos musicais como uma instituição vitoriosa e que se tornaram referências básicas para a compreensão de um novo nativismo.

E foi neste Musicanto que finalmente m grupo desta espécie, representando um trabalho gerado nos palcos de inúmeros festivais e com propostas culturais avançadas e inovadoras que não excluíam Bob Dylan e nem Teixeirinha, obteve a consagração do 1º lugar. “O Campeiro e o Gravador”, música provocativa de letra ousada e proposta radical: / Na casa grande um IBM / E o rancho numa “M” / Eu quero você trespassado de saúde / Levaram tudo do quintal / Só deixaram o melhoral / Pra pátria amada ser gentil /.

O Tambo do Bando mostra a força “dosa homens de brinco” enfrentando uma estrutura política viciada para o trabalhador urbano e rural que denunciava musicalmente. Estavam nos palcos o grupo que foi a própria essência dos festivais do estado e homenageou seu eterno letrista – Luiz Sérgio Metz – que sempre buscou “o sul mais ao sul do que o sul”.