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3º Musicanto
No ano de l985 o Musicanto já ocupava fartos espaços na imprensa nacional, que tentava decifrar como em uma cidade do porte de Santa Rosa podia ocorrer uma manifestação cultural tão forte e abrangente. Em meio a um acirrado debate, sobre o que seria ou não nativismo, o festival crescia em qualidade e polêmica.
Sobre esta questão, assim posicionou-se o jornalista Juarez Fonseca: “A renovação musical, a busca de novas formas dentro da música gaúcha e latino-americana, não é mais uma tendência apenas do musicanto, mas uma forte característica”.
Exatamente para marcar esta tendência, que já era em si própria a consagração do Musicanto, como festival aberto e democrático, surge como vencedora uma canção que reclama a relação do evento com sua situação geográfica de “interior”, que apesar disso não acredita em fronteiras para o sentimento, relembrando em versos como: / Às vezes lembro de minha casa / E maneio a solidão / Mas a saudade não dá trégua, pede / Corcoveia no peito / Interiorano coração /.
“Interiorano Coração”, música de Sérjio Rojas e letra de Adalberto Barros Filho é a vitória da tradição que se renova, das qualidades inerentes ao nativismo que não deixa de buscar uma expressão mais moderna de riqueza harmônica e instrumental.
Apresentadores
- José Francisco Fontella
- Rejane Fittipaldi
Jurados
- Berenice Biachi (Berê)
- Apparicio Silva Rillo
- Alfredo Fedrizzi
- Renato Borghetti
- Renato Rios (Bobby)
- Sérgio Napp
- Alcides Vicini
Vencedores
1º Lugar: Troféu Musicanto – INTERIORANO CORAÇÃO
2º Lugar: Troféu Continente – PAMPA DE LUZ
3º Lugar: Troféu Fernando Albino da Rosa – OS CARDEAIS
Melhor intérprete masculino: César Passarinho
Melhor intérprete feminina: Solange Borges
Melhor instrumentista em sopro: Ayres Pothoff
Melhor instrumentista em teclados: Geraldo Flach
Melhor instrumentista em percussão: Carlos Perez
Melhor letra: Árvore da Paixão – Marô Silva